Inicio » » TRABALHADORES DA ESCOLA MARIA TOMÁZIA PUBLICAM CARTA DE DEFESA.

Um grupo de trabalhadores da Escola Maria Tomázia Coelho, em Florianópolis, escreveu uma carta em que joga um outro olhar sobre a exposição que a unidade de ensino vem tendo desde que explodiu nas redes sociais o Diário de Classe, numa página do Facebook, escrita pela aluna Isadora Faber. No texto ao lado, o grupo faz uma provocação à imprensa e aos internautas, para que não fiquem apenas com a versão da estudante. Além disso, os profissionais da escola afirmam que sofrem ameaças desde que Isadora passou a fazer denúncias na internet e fazem um contraponto aos relatos que constam no Diário de Classe.

Somos professores da Escola Maria Tomázia Coelho, escola onde estuda a menina responsável pela "famosa" página do Facebook, intitulada Diário de Classe, e estamos trazendo um outro olhar sobre este, que no início era positivo e estimulou o rápido reparo. Quando a diretora chamou-a para alertar sobre o uso indevido das imagens de pessoas e sobre a referência a trabalhadores citando nomes, a aluna e sua mãe distorceram os fatos e espalharam a ideia de que a menina havia sido pressionada a acabar com a página.

Depois disso, as distorções tornaram-se corriqueiras e qualquer pessoa que se posicionasse contrária era, e é, até hoje, xingada, achincalhada e, por fim, bloqueada da tal página.

Não há nenhum elogio aos profissionais ou atividades da escola assim como inexiste a defesa ou comentário ponderando posicionamentos contra os trabalhadores por parte dos moderadores da página, como haviam dito outrora. Ou seja, de democrática ela não tem nada.

Quando nós, trabalhadores da escola, demos entrevistas à mídia, as falas foram "editadas" e, novamente, sofremos as consequências do sensacionalismo e da visão unilateral difundida pelas mídias.

As pessoas leem as notícias como verdades, e não procuram conhecer a realidade ou ouvir outras versões dos fatos, criando assim uma legião de defensores da menina e, ao mesmo tempo, "inquisidores" da escola. As ferramentas sociais hoje permitem que qualquer um se manifeste e o que poderia ser positivo acaba se tornando instrumento de acusações e injúrias, onde o acusado é culpado antes do exercício da defesa.

Então, resolvemos nos calar e continuar com nosso trabalho, que é e sempre foi realizado com competência e responsabilidade, mesmo sofrendo as pressões da mídia, dos internautas, de pessoas que, anonimamente, ligam para a escola e nos ameaçam, segurando a "onda" e a saúde emocional e física para seguirmos no propósito de transformar as crianças em cidadãos críticos, e prepará-los para o mundo.

Desde o início a preocupação com esta menina (13 anos) e o que poderia acontecer a ela foi tema de nossas conversas, o mesmo não aparece na prática da mãe, pois no início desta semana houve um incidente em frente à escola que resultou em mais um BO contra sua família, culminando com a "pedrada", que, para muitos, é questionável.

Sobre os textos da página, que no início eram, sim, da menina e sua colega, hoje não condizem com sua escrita e discurso em sala de aula, qualquer pessoa pode ver a diferença. A página tornou-se fonte de ataques à classe dos professores e a dos funcionários públicos.

Em uma postagem desta semana, ela escreve que nós só começamos a trabalhar depois da criação da referida página. Ora veja só, a menina estuda desde a 1ª série na escola que, por sinal, tem uma das melhores notas no IDEB, e tece comentários ofensivos como este? Onde será que estava essa mãe, que pouco aparecia na escola até esta página surgir, já com a filha na 7ª série? Como surge tão rapidamente esta vontade em "ajudar" e "fazer a diferença", "lutar por uma educação de qualidade"? Todos nós da escola queremos saber?

Afinal, é isso que todos nós queremos, alunos críticos e pais presentes, mas com respeito e diálogo amoroso.

Trabalhadores da Escola M. Tomázia Coelho

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